Corrida para aprender inglês para a Copa

Corrida para aprender inglês para a Copa

Professores garantem que ainda dá tempo de incrementar o idioma para atender estrangeiros durante o campeonato.

Embora não seja o único motivo para aprender inglês, a Copa do Mundo, que tem no Recife uma de suas sedes, é um forte argumento para dominar pelo menos o básico da língua estrangeira. Turistas de diversas nacionalidades usam o idioma para se comunicar, o que significa também o consumo de produtos e serviços. Professores garantem que ainda há tempo para quem ainda não superou – ou sequer alcançou - a fase do “the book is on the table”.

O aprendizado do inglês é visto por muitos setores como básico, principalmente em cargos mais estratégicos, uma vez que muitas empresas mantêm relacionamento com clientes e fornecedores estrangeiros. No entanto, é no setor de comércio e serviços, nas funções que lidam diretamente com o atendimento ao consumidor, onde está a maior necessidade. 


“Essas pessoas vão precisar se comunicar com os turistas para poder vender sua mercadoria ou seu serviço, como garçons, vendedores, motoristas de táxi e outros transportes”, comenta uma das sócias da Level Up, Marcela Paraíso. O sócio-diretor da Sharing English, Peter Ratcliffe, complementa lembrando que o inglês é a língua mais usada por visitantes estrangeiros, mesmo os que não vêm de países onde a língua é a oficial. “Os europeus, de um modo geral, falam inglês e usam esse idioma para se comunicar quando fazem turismo, assim como japoneses, chineses e pessoas de outras nacionalidades”, pontua Ratcliffe, que desde 2006 promove junto a shoppings do Recife cursos para funcionários de lojistas. “Com a proximidade da Copa, a demanda por esses treinamentos aumentou”, revela. 

Para ele, quem ainda não começou a aprender pode iniciar agora e conseguir algum resultado para a competição, que será de 12 de junho a 13 de julho. “É importante que seja focado na área da pessoa”, ressalta Ratcliffe.

Marcela Paraíso acrescenta que partir do zero agora e estudar diariamente até o campeonato vai prover uma comunicação básica, para que o vendedor ou prestador de serviço possa dar o mínimo de qualidade ao atendimento, saber como cobrar o preço, dar orientações, entre outros procedimentos inerentes a esse tipo de relacionamento. “Não será necessário um inglês muito elaborado. Nós procuramos ajudar as pessoas a ficarem à vontade e deixarem de lado a vergonha de estar aprendendo, porque é uma vergonha que pode sair muito cara”, diz Marcela.

Envolvido em uma das categorias que terão contato mais intenso com o público estrangeiro, Núncio Natrielli afirma que empresários e empregados estão atentos a esse contexto. Ele é presidente da Associação dos Bares e Restaurantes em Pernambuco (Abrasel-PE). “Já estamos atentos a isso há algum tempo e estaremos preparados, sim. Não vamos fazer feio”, garante. Ele e Peter Ratcliffe destacam que as pessoas, de um modo geral, entendem a necessidade do domínio do inglês. “Não acredito que haja pessoas que não tenham consciência disso hoje”, diz Ratcliffe. E Marcela Paraíso frisa ainda que esse início de aprendizado pode ser continuado, até porque, além da demanda nesses segmentos, o profissional pode migrar para outros setores e galgar espaços, considerando que o idioma é estratégico: “Aprender faz parte da vida profissional e o inglês é um diferencial muito importante”.

OPÇÕES - Para quem não consegue estudar sozinho, há opções de cursos gratuitos, como os oferecidos pelo governo federal no Pronatec Copa. Em escolas privadas, os cursos rápidos ou intensivos podem ir de R$ 100 a R$ 600 por mês. Na Level Up, foi aberto recentemente um treinamento de curta duração para que o aluno possa entender e falar um pouco mais o idioma até o início do campeonato, com custo de R$ 99 mensais. Outra escola que tem um curso direcionado é a CNA: são 40h, com taxa de adesão de R$ 50, R$ 298 de material didático e seis mensalidades de R$ 269,51 e Centro Britânico, sem taxa de adesão, com  R$ 190,00 de material didático e seis mensalidades de R$ 190,00.

obs: Contactar escola escolhida e confirmar se os valores se mantem.

Fonte: JC Online